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sexta-feira, 12 de abril de 2013

As várias lendas do Japão

Uma coisa que nós encontramos frequentemente em animes são referencias às várias lendas japonesas, principalmente aquelas que se baseiam em animais. É óbvio que, no Japão, o país mais supersticioso do mundo, lendas de todos os tipos não faltam: desde a extremamente conhecida kitsune até o menos conhecido Kirin, vou explicar para vocês a lenda de cada um desses seres que tanto fascinam os nipônicos

Kitsune


Kitsune é o termo japonês para raposa. Porém, ele é muitas vezes associado às raposas de várias caudas das lendas. Dizem que as kitsunes são extramamente inteligentes e podem chegar a uma idade muito avançada.

Kitsunes podem ser tanto boas como más, e cada uma de suas “espécies” possui poderes diferenciados. Em muitas lendas, as kitsunes são retratadas como seres maléficos que gostam de enganar humanos. Entre os poderes desses seres, o mais comum é o de lançar fogo pela boca e pela cauda.

Dizem que as kitsunes ganham uma cauda a cada cem anos — assim, quando completam um milênio de vida, chegam a nove caudas e seu pelo muda para prateado ou dourado. As lendas falam também que, ao chegar as nove caudas, as kitsunes ganham o poder de ver e ouvir tudo na face da Terra, se tornando onicientes.

Refêrencias de kitsunes em animes são diversas. Em Naruto, é obvio e acho que não necessita de explicação. Em xxxHolic, Watanuki tem uma Kuda-Kitsune, uma raposa que quase sempre aparece em uma forma parecida com a de uma serpente, mas sua verdadeira forma é a de uma raposa de nove caudas. Em Pokémon, Vulpix e Ninetales são representações claras deste yōkai. Em Digimon, temos Kyūbimon, que tem fogo em volta de suas caudas e rabos. O personagem Tails, de Sonic the Hedgehog, é também mais um exemplo de como as kitsunes podem ser encontradas até em jogos.

E em diversos outros animes podemos ver alusões a essas criaturas, visto que são um dos mitos mais populares.

Amaterasu


Amaterasu vivia em uma gruta, em companhia de suas criadas, que lhes teciam cotidianamente  um quimono da cor do tempo. Todos os dias de manhã, ela saía para iluminar a Terra. Até o dia em que seu irmão, Susanoo, deus do Oceano jogou um cavalo esfolado nos teares das criadas tecelãs. Assustadas, elas se atropelaram, e uma delas morreu, com seu sexo furado por sua própria laçadeira. A deusa Amaterasu não apreciou a brincadeira. Zangada, recolheu-se em sua gruta e a luz desapareceu. E o pânico foi semeado até no céu, onde viviam os deuses e deusas, que como os humanos, também não enxergavam nada. Eles se reuniram e bolaram uma estratagema. Pediram a Uzume, a mais engraçada das deusas, que os distraísse diante da gruta fechada em que Amaterasu estava amuada. Uzume não usou de meios termos: levantando a saia, pôs-se a dançar provocantemente, exibindo suas partes íntimas com caretas irresistíveis. Estava tão divertida que os deuses desataram na gargalhada... Curiosa, Amaterasu não aguentou: entreabriu a pedra que fechava a gruta, e os deuses lhe estenderam um espelho onde ela viu uma mulher esplêndida. Surpresa, ela se adiantou. Então os deuses agarraram-na e Amaterasu saiu para sempre de sua gruta. O mundo estava salvo.